Após a conclusão dos trabalhos nos portos de sotavento*, a 2 de março de 2016, na Ilha Brava, foi necessário aguardar a disponibilidade de transporte marítimo, quer para enviar o material para a Ilha de S. Vicente, quer para a equipa se deslocar à ilha do Fogo para ligação aérea a S. Vicente.
Após a chegada à Ilha de S. Vicente, a equipa iniciou o reconhecimento local. O material chegaria, a bordo do ferry LIBERDADI, no dia 4 de março. Entre 4 e 7 de março a equipa efetuou o levantamento topo-hidrográfico do Porto Novo na Ilha de S. Antão, após o que regressou a S. Vicente, onde permaneceu até 16 de março para executar um levantamento mais extenso do porto do Mindelo.
Note-se que o enquadramento dos levantamentos e os trabalhos realizados foram descritos na notícia anterior.
Das condicionantes à rentabilidade dos trabalhos há a destacar três fatores:
O vento, em regra moderado a forte, principalmente durante a tarde. Amainou nos últimos dias de missão.
A dificuldade logística das viagens, nomeadamente o transporte de material, sobretudo nas ligações às Ilhas do Fogo e Brava.
A necessidade de, em cada ilha, efetivar diferentes instalações de sistemas sondadores em duas embarcações, uma pequena e, em regra, de boca aberta, para o levantamento de áreas de muito baixa profundidade e confinadas e, outra, de maior porte e cabinada, para o levantamento das restantes áreas sondadas.
Dos portos de barlavento fica na memória o vento vespertino de Porto Novo, as montanhas, andarilhos e caminhos sem conta da Ilha de S. Antão, a alegria e a morabeza da Ilha de S. Vicente, bem patentes no Mindelo, cidade cosmopolita com uma das mais belas portas atlânticas.
No regresso a Lisboa, a Brigada Hidrográfica agradece ao povo cabo-verdiano pela sua simpatia e arte de bem receber, sendo de realçar os apoios logísticos e a colaboração prestada pela AMPCV e pela ENAPOR, fundamentais para o sucesso da missão.