Um ROV é um veículo subaquático, controlado remotamente, que permite a observação remota do fundo do mar e estruturas submarinas.
Este filme mostra a utilização do ROV NAVAJO durante uma missão de treino do Instituto Hidrográfico realizada em 2013, no Algarve, a bordo do NRP Auriga.
No ROV, a ligação entre o veículo e a superfície é assegurada por um cabo umbilical que permite a comunicação bidireccional, assim como o transporte de energia para o veículo. A utilização deste equipamento nas missões, permite atingir maiores profundidades e durante um período mais prolongado do que seria conseguido com recurso a mergulhadores. Além disso, é possível a operação em águas contaminadas que representam um risco para a vida humana.
Desde 1985 que o Instituto Hidrográfico (IH) possui um Phantom S2 da DEEP OCEAN ENGINEERING. Trata-se de um ROV de Classe II (observação e pequeno trabalho) com capacidade de operação na plataforma continental (~ ~200 m) e em águas interiores, suportando correntes até 2 nós.
O ROV Phantom S2 é utilizado na observação de destroços de navios e de aviões acidentados, para vistoriar áreas de potencial perigo para a segurança da navegação, para inspeccionar estruturas subaquáticas (emissários, cabos, pilares de pontes, etc), na localização de equipamento oceanográfico perdido, para apoiar operações de mergulhadores e na observação do fundo do mar em trabalhos de carácter científico.
O veículo pesa cerca de 120 kg e tem uma impulsão axial de 28 kgf (modo normal), o que lhe confere uma razão peso/potência de 0.23. A velocidade máxima à superfície é de 3 nós e graças aos seus quatro propulsores de rotação reversível, o veículo possui um momento de rotação superior a 100º/s, o que lhe confere uma agilidade considerável face ao peso.
Trata-se de uma plataforma com alguma versatilidade, uma vez que a sua capacidade de carga (~ ~18 kg) permite transportar vários sensores sem prejuízo da sua performance, designadamente:
Operação:
O veículo é operado pelo piloto a partir de uma unidade de comando e controlo. Este comando contempla dois joysticks para controlar a profundidade e a direcção do ROV, assim como comandos para orientar as câmaras de vídeo (rotação e inclinação), regular a intensidade da iluminação, controlar o braço articulado, e seleccionar o piloto automático em rumo ou profundidade.
O co-piloto auxilia na manobra da navegação, na medida em que é o responsável pela observação, análise e interpretação das imagens de sonar e do posicionamento acústico, dando indicações ao piloto para onde se deve dirigir.
Registo de dados:
O sinal de vídeo é gravado digitalmente em fita magnética, sendo integrada informação sobre a profundidade, o azimute, o número de voltas que o veículo tem acumulado sobre seu próprio eixo, e ainda a data e a hora do mergulho.