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Marinha Portuguesa - Instituto Hidrográfico

Prestação de serviços para a Administração do Porto de Douro e Leixões (APDL)

No passado dia 15 de outubro, e com o empenhamento da UAM ATLANTA, foi concluído o fundeamento de uma rede de 5 boias ondógrafo, perto do molhe do porto de Leixões, no âmbito da prestação de serviços para a APDL. Esta implementação contemplou o fornecimento, instalação e exploração de bóias tipo Datawell Directional Waverider, e terá a duração de 6 anos.  

O projeto liderado pela divisão de oceanografia foi desenvolvido e implementado pelo Instituto Hidrográfico, com o envolvimento do Centro de Instrumentação Marítima, com o empenhamento de meios da Divisão de Infraestruturas e Transportes e a colaboração da Aprovisionamento e Património, apresentando custos diretos de implementação, sem mão-de-obra, de 60 010€.

Este projeto tem como objetivo obter e providenciar os dados relativos à agitação marítima e temperatura da água do mar, correspondentes às séries temporais “em bruto”, constituídas pelos deslocamentos verticais e deslocamentos horizontais nos sentidos norte-sul e este-oeste, incluindo a sua validação. Para além disso, os dados devem ser tratados, permitindo a estima dos parâmetros quer no domínio do tempo, quer em frequência. 

Ao nível do CIM, os trabalhos iniciaram a 8ABR20, com o pedido de apoio da Divisão de Oceanografia e prazo de implementação em SET/OUT20. Neste período foi desenvolvida a solução (de acordo com a figura nr. 6) para assegurar um dispositivo de 5 boias, sem recurso a à aquisição de boias novas, considerando os seguintes principais requisitos:

a) Reaproveitamento das boias existentes avariadas em paiol, e em última instância sacrificando provisoriamente a rede do IH;

b) Garantia de frequências de comunicações de trabalho para não interferência com a boia próxima da Rede de Monitorização Ambiental (RMA) em Leixões;

c) Criação de estação recetora resiliente;

d) Desenvolvimento de aplicação para recolha, transmissão e tratamento de dados;

e) Monitorização remota da rede;

d) Reavaliação do esquema de pintura para aumentar o seu ciclo de vida;

e) Redundância de boias, sabendo que contratualmente não é permitido, em caso algum, que haja um período de interrupção de registo de dados superior a duas semanas, mesmo que seja necessário a instalação de uma nova boia. 

Assim, as soluções adotadas foram:

a) Reaproveitamento de duas boias avariadas existentes em paiol, e utilização de três boias da RMA. De salientar que todas as boias sofreram um upgrade, para permitir a utilização de cinco frequências de transmissão diferentes (+ 1 frequencia spare), de modo a que não exista interferência nos dados.

b) Criação de uma estação recetora com uma antena, um splitter, cinco recetores e cinco computadores, um modem internet e um switch, permitindo agregar todos os dados das boias. Esta estação contém ainda três UPS para colmatar eventuais anomalias de energia.

c) Desenvolvimento da aplicação em linguagem Autoit versão 3, que permite receber os dados do recetor e enviá-los para o servidor.

d) Implementação e teste de novo esquema de pinturas para conferir uma maior proteção das boias, com colaboração de engenharia e visita técnica de representante da empresa Hempel;

e) Corrigir eventuais avarias, com tempos de reparação não compatíveis com a tolerância de interrupção de dados, com recurso a uma boia pronta instalada na RMA ou uma boia nova, com previsão de aquisição em 2021.

 

  2020-11-05    259 / 258 / 294612;