Deslocou-se a Luanda, Angola, o Diretor-Geral do Instituto Hidrográfico, contra-almirante Carlos Ventura Soares, acompanhado do Diretor Técnico, Comandante Miguel Bessa Pacheco. A visita, efetuada de 6 a 9 de dezembro, ocorreu simultaneamente com a presença do NRP “D.Carlos I” naquele porto, em missão no âmbito da iniciativa “Mar Aberto 2021”, onde efetuou trabalho hidrográfico nas aproximações ao porto de Luanda.
O Contra-almirante Ventura Soares, depois de recebido pelo Embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, teve a oportunidade de visitar a Marinha de Guerra Angolana (MGA) na sua vertente hidrográfica (Diretoria de Hidrografia e Navegação), onde, após proferir palestra, atribuiu diplomas e impôs os distintivos de especialização aos cinco oficiais angolanos que frequentaram o Curso Técnico de Hidrografia (categoria B da OHI) na Escola de Hidrografia e Oceanografia do IH. Também visitou a Comissão Interministerial para a Delimitação e Demarcação dos Espaços Marítimos de Angola (CIDDEMA), na sequência da colaboração tida anteriormente, tendo proferido palestra, na ocasião, a uma vasta audiência. Desta visita a Luanda resultou a assinatura de protocolo de colaboração entre o IH e o Instituto Hidrográfico e de Sinalização Marítima de Angola, IHSMA, no âmbito do desenvolvimento de ações comuns nos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição de Angola, efetuada na presença do secretário de Estado para o Sector da Aviação Civil, Marítimo e Portuário de Angola, Dr. Carlos Borges. Resultou também a assinatura de outro protocolo de colaboração nos domínios da hidrografia, oceanografia, geologia marinha e química marinha entre o IH e o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha (INIPM), na presença da Secretária de Estado das Pescas do executivo angolano, Professora Esperança da Costa.
A aposta do IH na segurança da navegação e nas ciências do mar em Angola, em estreita colaboração com a MGA, o CIDDEMA, o IHSMA e o INIPM, tem um enorme potencial de alavancagem no que de diz respeito a estas áreas do conhecimento, estando este Instituto e a Marinha profundamente empenhados em atingir objetivos concretos a curto, médio e longo prazo. O levantamento hidrográfico efetuado na baía de Luanda, que permitirá a atualização da carta náutica do principal porto de Angola em 2022, e a boia ondógrafo fundeada à entrada da baía de Luanda, com informação em tempo real da agitação marítima e da temperatura da água, são dois exemplos que mostram que “estamos juntos” com Angola nesta cooperação que agora se reforça.